Descoberta a segunda maior jazida de nióbio do planeta na Amazônia que vale mais que todo o petróleo do Pré-Sal: capaz de produzir 2,9 bilhões de toneladas a reserva promete revolucionar a mineração no mundo

No Brasil, a maior reserva de nióbio do planeta: são estimadas em 842 bilhões de toneladas, com as maiores jazidas concentradas nos estados de Minas Gerais (75% do total), Amazonas (21%) e Goiás (3%).

Descoberta a segunda maior jazida de nióbio do planeta na Amazônia que vale mais que todo o petróleo do Pré-Sal: capaz de produzir 2,9 bilhões de toneladas a reserva promete revolucionar a mineração no mundo

Revolução da mineração é na Amazônia! Um minério raro no planeta, mas encontrado em abundância no Brasil, é visto como essencial para a indústria de alta tecnologia e tem experimentado um crescimento na demanda nos últimos anos. Esse metal tem gerado polêmicas e uma série de suspeitas, além de informações conflitantes que se espalham na internet, fomentando teorias conspiratórias e mitos sobre sua real importância para a economia global e seu potencial para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais mais resistentes à corrosão e a temperaturas extrema.

Embora o mineral seja encontrado no solo de diversos países, 98% das reservas conhecidas mundialmente estão localizadas no Brasil. Atualmente, o país é responsável por mais de 90% do nióbio comercializado globalmente, seguido pelo Canadá e Austrália. No Brasil, as reservas são estimadas em 842 bilhões de toneladas, com as maiores jazidas concentradas nos estados de Minas Gerais (75% do total), Amazônia (21%) e Goiás (3%).

De acordo com o relatório do Plano Nacional de Mineração 2030, o Brasil explora atualmente 55 substâncias minerais, sendo responsável por mais de 4% da produção mundial. O país é líder global somente na produção de nióbio. No caso de outros minerais em que o Brasil também se destaca, como o ferro e o manganês, a participação na produção global não ultrapassa 20%.

É no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas que se encontra umas das maiores jazidas de nióbio no mundo. Na floresta Amazônia, o território fica entre a fronteira do Brasil com a Venezuela e a Colômbia. Além do nióbio, vale ressaltar que na Amazônia se encontra grande diversidade mineral, dos mais preciosos como o ouro, diamante, tantalita e a cassiterita.

Ainda que o total de minério estimado na reserva seja em torno de 2,9 bilhões de toneladas de nióbio, a segunda maior do planeta, a área não pode ser explorada devido estar localizada em território indígena e dentro das áreas de proteção ambiental Parque Nacional do Pico da Neblina e da Reserva Biológica Estadual do Morro dos Seis Lagos.

Além da Amazônia, outra grande e principal reserva de nióbio em operação do mundo, fica na cidade de Araxá, na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Só em Araxá, as reservas são estimadas em mais de 800 bilhões de toneladas de minério, volume suficiente para garantir ainda mais de 100 anos de produção, mantida a atual demanda. Mas se forem considerados os depósitos minerários em rochas subterrâneas, a capacidade de exploração é estimada em mais de 400 anos.

Atualmente, o nióbio que é produzido em Minas Gerais pela CBMM, é exportado para mais de 50 países, em maior potencial para atender empresas siderúrgicas. No ano de 2022, a produção de nióbio no Brasil gerou uma arrecadação superior a R$ 137 milhões, consolidando o país como o maior produtor mundial deste mineral.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil possui uma cadeia de beneficiamento do nióbio, o que permite a exportação e a utilização interna dos subprodutos resultantes da extração. Informações do setor privado indicam que essa cadeia produtiva gera mais de 7 mil empregos diretos no território nacional.

O Plano Nacional de Mineração 2050 prevê que a produção de nióbio atingirá 171,7 mil toneladas até o ano de 2050, sendo crucial para impulsionar a economia brasileira. “Essas projeções destacam a relevância da mineração para o desenvolvimento do Brasil e o crescimento das regiões mineradoras”, afirmou o Ministério em comunicado oficial.

Exploração de minerais preciosos em áreas indígenas

Segundo o gerente de Geologia e Recursos Minerais do CPRM-AM, Marcelo Almeida, até mesmo a realização de pesquisas em territórios indígenas precisam ser autorizadas. Ele relata que os próprios indígenas garimpam as reservas no Amazonas, apesar de a prática ser considerada ilegal.

É na floresta Amazônia em territórios indígenas que se encontram os minérios mais preciosos, como o ouro e diamante localizado no Oeste de Roraima; no Alto Rio Negro onde se concentram o ouro e o tantalita; no Sul do Amazonas, no igarapé Preto existe a cassiterita. “Eventualmente a área da reserva localizada no igarapé Preto é retomada por garimpeiros.

Para que a exploração de minérios seja legalizada se faz necessário emitir relatórios de impacto ambiental e obter licenças ambientais e de pesquisa, entre outros documentos; além dos pagamento dos tributos.

Almeida defende a legalização da extração mineral em terras indígenas, uma vez que a instituição de empresas organizadas pode ser a saída contra a proliferação do garimpo ilegal. “A partir do momento em que o índio é aculturado e precisa utilizar recursos financeiros para custear suas despesas"

Para ele, “é melhor ter uma mineração que seja controlada, que terá geração de empregos e fará recolhimento de impostos. Além de ser cobrada por danos ambientais que forem causados”.

Uso do nióbio

Parece mágica. Você joga um punhadinho de nióbio, apenas 100 gramas, no meio de uma tonelada de aço – e a liga se torna muito mais forte e maleável. Carros, pontes, turbinas de avião, aparelhos de ressonância magnética, mísseis, marcapassos, usinas nucleares, sensores de sondas espaciais… praticamente tudo o que é eletrônico, ou leva aço, fica melhor com um pouco de nióbio. Os foguetes da empresa americana SpaceX, os mais avançados do mundo, levam nióbio.

O LHC, maior acelerador de partículas do planeta, e o D-Wave, primeiro computador quântico, também. Todo mundo quer nióbio – e quase todas as reservas mundiais desse metal, 98,2%, estão no Brasil. Nós temos o equivalente a 842 milhões de toneladas de nióbio, que valem inacreditáveis US$ 22 trilhões: o dobro do PIB da China, ou duas vezes todo o petróleo do pré-sal. Por isso, há quem diga que o nióbio pode ser a salvação do Brasil, a chave para o País se desenvolver e virar uma potência global.

Fonte: CPG - Flavia Marinho

IndústriaMetalúrgica e SiderúrgicaMineração

Por: (LCN) Luís Celso News

Contatos: luiscelsonews@gmail.com

contato@luiscelsonews.com.br - (91) 98112 0021