Marinha inaugura Núcleo de Adestramento de Operações Ribeirinhas do Amazonas

A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 9º Distrito Naval, inaugurou, na quinta-feira (20), o Núcleo de Adestramento de Operações Ribeirinhas do Amazonas (NAORAM). O espaço foi criado para fortalecer a capacitação, estimular o pensamento crítico e incrementar a Gestão de Conhecimento, alinhada às atribuições do trinômio do Poder Naval – Navio, Tropa e Aeronave –, aprimorando o desenvolvimento de táticas para Operações Ribeirinhas.

O Comandante do 9º Distrito Naval, Vice-Almirante João Alberto de Araújo Lampert, explica que o Núcleo, subordinado ao Comando da Flotilha do Amazonas (COMFLOTAM), promoverá estágios, cursos e ciclo de palestras tanto para os militares recém-chegados à área quanto para aqueles que já atuam na região. Será uma forma de oferecer uma gama de conhecimentos sobre as Operações Ribeirinhas e, principalmente, padronizar os procedimentos táticos. “O NAORAM visa centralizar e gerenciar a gestão do conhecimento. Operamos e guarnecemos constantemente nos rios da Amazônia e precisamos desenvolver técnicas e táticas adequadas. Os militares nos navios têm uma série de atividades que demandam essa centralização para que o conhecimento seja absorvido, desenvolvido e multiplicado”, destaca.

Operações

O Comandante da Flotilha do Amazonas, Capitão de Mar e Guerra Sandir Antonio de Freitas D’Almeida, detalha que o NAORAM visa mitigar as lacunas identificadas no adestramento e desenvolver táticas específicas para a atuação na Amazônia Ocidental. O enfoque na interoperabilidade do "Trinômio Ribeirinho" inclui, além da Flotilha, o 1° Batalhão de Operações Ribeirinhas e o 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste. “Um dos campos de atuação do Poder Naval que nós mais empregamos aqui na Amazônia Ocidental é a Defesa Nacional. Quanto melhor a capacitação do homem e da mulher que tripulam os nossos meios, certamente o resultado para a sociedade será o emprego mais eficiente e eficaz desses meios e a incrementação da nossa capacidade”, afirma.

Ainda conforme o Comandante Sandir, o NAORAM servirá como elo entre o Nível Tático e o Operacional, por meio de interações com o Centro de Desenvolvimento Doutrinário de Guerra Naval e o Comando do Treinamento e Desenvolvimento Doutrinário do Corpo de Fuzileiros Navais, reforçando o processo de difusão e retorno de experiências. “A experiência da navegação nos rios da Amazônia nos mostra que, por vezes, a menor distância entre dois pontos não é uma reta. A sinuosidade acentuada de um rio nos remete a realidade orçamentária atual, a qual nos impõe algumas necessidades de alterações da derrota [rota]. Nesse contexto, o dia de hoje se reveste de elevado júbilo para todos nós e reflete essa necessidade de mudança de rumo, para que a missão seja cumprida”, ressaltou.

Inicialmente, o NAORAM pode receber até 45 militares e deve ser ampliado futuramente para incluir duas salas de aula e um simulador de passadiço. A expectativa é que o espaço cresça e se torne um Centro de Excelência em Operações Ribeirinhas, na área de jurisdição do Comando do 9º Distrito Naval.

Oficina

Também na quinta-feira (20) foi inaugurada a oficina de manutenção de embarcações do Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas. A estrutura será responsável pela manutenção das Lanchas Blindadas e das Embarcações Orgânicas dos Navios da Flotilha do Amazonas e das demais organizações militares sediadas em Manaus, empregadas nas operações da Marinha na Amazônia Ocidental.

O Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas pretende revitalizar oito Lanchas de Ação Rápida, das quais duas já foram completamente reformadas e a terceira está em fase final de revitalização, contribuindo para o fortalecimento do emprego do Poder Naval da região.

Fonte: Agência Marinha de Notícias
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Por: Luís Celso News

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