Seca paralisa Porto de Porto Velho pela 1º vez na história

Seca extrema do Rio Madeira não permite mais condições de navegabilidade na região

Seca paralisa Porto de Porto Velho pela 1º vez na história
Porto de cargas de Porto Velho — Foto: Rede Amazônica

As operações no Porto de Porto Velho (RO) foram temporariamente paralisadas pela 1ª vez na história, na segunda-feira (23), por conta da seca extrema do rio Madeira, que atingiu 25 centímetros durante a madrugada – o menor nível já observado na história.

Em comunicado, o Governo do Estado de Rondônia informou que a crise hídrica tem prejudicado seriamente o tráfego de embarcações, resultando em diversas balsas encalhadas ao longo do rio devido à formação de bancos de areia e exposição de pedrais. “Diante desse cenário, armadores e operadores portuários interromperam temporariamente as operações, no Porto de Porto Velho”, pontuou.

O porto é administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH) e as atividades devem voltar somente quando o nível do rio voltar a subir. Tradicionalmente, a movimentação de cargas no Porto já sofre redução durante o período de estiagem. Em meses normais, o Porto de Porto Velho  movimenta cerca de 200 mil toneladas de mercadorias, mas esse volume costuma cair para 40% durante a seca. Em setembro, esperava-se movimentar 100 mil toneladas, mas a crise hídrica inviabilizará essa meta.

Com a paralisação, a movimentação de cargas é afetada principalmente no trecho entre Rondônia e Amazonas – já que pelo rio chegam e saem dos municípios granéis sólidos (como milho e soja), granéis líquidos (como massa asfáltica e biocombustível), além de cargas gerais, como alimentos, bebidas e veículos.

“Estamos enfrentando um dos períodos mais críticos para a navegação no Rio Madeira, com um nível de água historicamente baixo. Assim que as condições do rio melhorarem, o Porto retomará suas operações com agilidade”, ressaltou o diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), Fernando Parente.

A Soph tem trabalhado ativamente, em conjunto com autoridades e órgãos reguladores, para monitorar a situação e buscar soluções que minimizem os impactos. O Porto de Porto Velho integra o Comitê de Crise Hídrica e tem buscado constantemente articulação com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Marinha e a Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega) para discutir ações de mitigação”, informou a Soph.

Fonte: Redação - BE NEWS

Por: Luís Celso News

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