MSC faz acordo para comprar controle da Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões
O grupo europeu de transporte marítimo MSC acertou acordo para comprar o controle da Wilson Sons por um valor equivalente a R$17,50 por ação, informou a companhia brasileira de serviços portuários em fato relevante publicado na segunda-feira (21).
Em fato relevante enviado à CVM, a empresa brasileira destaca que o preço de aquisição não ajustado equivale a um preço por ação da companhia de R$ 17,50, ligeiramente abaixo da cotação do papel no fechamento do pregão da última sexta-feira, 18, de R$ 17,85.
A controladora da Wilson Sons, OW Overseas, vai vender sua participação de 56,47% na companhia, segundo o documento. A compra está sendo feita por meio da SAS, uma subsidiária da MSC, gigante de navegação e terminais de contêineres com sede em Genebra.
Segundo a empresa, o negócio permite que a W.Sons pague aos seus acionistas os dividendos aprovados pelo conselho de administração em 11/10; e continue pagando dividendos em reais equivalentes a até US$ 22,0 milhões por trimestre durante o período anterior ao fechamento da operação, sujeito em qualquer caso à W.Sons gerar lucros suficientes no respectivo trimestre. Caso a W.Sons pague dividendos que excedam o valor permitido, haverá uma redução proporcional do preço de compra devido ao vendedor. O fechamento da operação está sujeito à verificação de condições usuais para negócios desta natureza, incluindo, mas não se limitando, à aprovação da Operação pelo Cade e Antaq.
A expectativa é que a operação seja concluída durante o 2.o semestre de 2025.
Com a conclusão, a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária integral da MSC, vai lançar uma oferta pública de aquisição das ações remanescentes da W.Sons nas mesmas condições do combinado com a OW Overseas. O 2.o maior acionista da W.Sons é a Tarpon Capital, com 12,11%. A Radar Gestora detém outros 9,62%, cfme a companhia.
O portfólio da Wilson Sons inclui terminais de contêineres na BA e no RS, 80 rebocadores, 23 embarcações de apoio offshore com bandeira BR, 2 bases de apoio offshore na B.de Guanabara/RJ, 1 centro logístico alfândegado em Santo André/SP e 2 estaleiros no Guarujá/SP.
Fonte: Revista IstoÉ
Por: Luís Celso News
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