VLI implementa sistema para reduzir tempo de operação de navios no Porto do Itaqui

Segundo a companhia, iniciativa chamada de Air Draft realizou melhorias nos ativos para receber navios com menos lastro, otimizando a operação

VLI implementa sistema para reduzir tempo de operação de navios no Porto do Itaqui

A VLI, empresa de soluções logísticas que integra ferrovias, portos e terminais, implementou o sistema Air Draft no Terminal Portuário São Luís (TPSL), no Porto do Itaqui (MA), com o objetivo de agilizar o processo de deslastro e liberar rapidamente os berços de atracação. O sistema permite um aumento na produtividade do terminal, especialmente durante os meses de safra, de maio a agosto, quando a demanda é maior. Com a redução do tempo de carregamento, o volume total de carga movimentada foi elevado.

Em julho de 2024, o TPSL registrou seu maior recorde de movimentação, com 718 mil toneladas de grãos transportadas, 4,35% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Esse foi o maior volume movimentado pelo terminal desde o início das operações da VLI, em 2013. De acordo com a empresa, parte desse crescimento é atribuída à eficiência proporcionada pela nova iniciativa, que permitiu que o terminal operasse de maneira mais econômica e eficiente. “A implementação do Air Draft mostra como a inovação é uma aliada na busca por resultados sempre crescentes na VLI, com impacto positivo na cadeia de negócios dos nossos clientes. A eficiência das nossas operações em São Luís também reforça a relevância do sistema portuário do Maranhão e do Corredor Norte operado pela VLI na pauta de exportações brasileira”, afirmou o diretor de Operações do Corredor Norte da VLI, Ederson Almeida.

Segundo a empresa, a iniciativa Air Draft proporciona o recebimento de navios com menor quantidade de água em seus tanques de lastro, que ficam entre o casco e os porões dos navios para dar estabilidade e segurança estrutural as embarcações. Quanto menor a quantidade de água nos tanques de lastro, maior é o Air Draft, também conhecido como calado aéreo — altura máxima do navio a partir da lâmina d’água.

Além disso, a modificação de equipamentos, como a tromba de carregamento, foi realizada para permitir uma altura de 16,6 metros, superior aos 15 metros anteriores. A equipe de náutica também passou a usar o Sistema de Planejamento de Embarque e Desembarque de Navios (Speed), uma ferramenta desenvolvida pela VLI que calcula o plano de carga, determinando o Air Draft de atracação.

De acordo com a companhia, a melhoria no processo reduziu o tempo de operação por navio no Porto do Itaqui em até 14 horas, o que resultou em ganhos significativos na otimização das operações portuárias.

Devido ao sucesso dessa implementação no TPSL, a VLI planeja expandir o sistema Air Draft para outros terminais portuários, como o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita, no Porto de Santos, o Terminal de Produtos Diversos no Complexo de Tubarão, em Vitória (ES), e o Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), em Sergipe.

CORREDOR NORTE

O Corredor Norte da VLI é essencial para o escoamento da produção de grãos do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além das regiões do Mato Grosso, Pará e Goiás, pelo Terminal Portuário de São Luís. Além dos grãos, o corredor também movimenta cargas como combustíveis, celulose, fertilizantes e minerais.

O sistema da VLI no Corredor Norte inclui três terminais integradores, localizados em Porto Nacional e Palmeirante, no Tocantins, e em Porto Franco, no Maranhão. Nesses terminais, a carga captada pelo fluxo rodoviário é embarcada nos trens, oferecendo suporte essencial ao produtor brasileiro, ajudando a solucionar um dos grandes gargalos da logística nacional: a capacidade de armazenagem.

 

Fonte:  Redação - Mundo Logística

Por: Luís Celso News

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